A forma como os jovens ascendem socialmente é completamente diferente da geração anterior.
No passado, havia três caminhos principais para a mobilidade social: estudar, trabalhar, acumular experiência. Trocava-se tempo por oportunidades, trocava-se estabilidade por sensação de segurança.
Mas agora, os jovens ao entrarem na sociedade percebem que: este caminho está cada vez mais estreito, mais longo e mais lento. Competir em habilitações já não tem mais-valia, esforçar-se ninguém vê, cada passo parece entrar num nevoeiro denso.
Assim, uma tendência negligenciada está a expandir-se — a mobilidade social está a passar do “caminho do trabalho árduo” para o “caminho da atenção” e o “caminho das emoções”.
O que vês no KTV, nas lives, nos cenários de cosplay, não é “brincadeira”, mas sim uma nova pista para a mobilidade social: quem consegue ser visto, pode ser escolhido; quem consegue proporcionar experiências, pode definir o preço.
Isto não é fácil, é outro tipo de competição de alta pressão: uns competem pelo profissionalismo, outros pela aparência, outros pela persona, outros pelo carisma. Todos tentam encontrar uma forma de abrir uma saída no sistema tradicional.
Curiosamente, a sociedade, em silêncio, considera “quem consegue captar atenção” como potenciais candidatos à “upward mobility” (mobilidade ascendente).
A razão é simples: atenção traz recursos, recursos trazem tráfego, tráfego traz rendimento, rendimento traz ascensão social.
Este caminho tem mais riscos, a eliminação é mais rápida, o trabalho emocional é mais pesado, mas pelo menos é um caminho que ainda oferece alguma possibilidade.
A ascensão social da geração anterior dependia de fábricas, esforço físico, entidades, diplomas; a ascensão social desta geração depende de conteúdo, serviço, experiência, emoções.
Há quem não goste, há quem não compreenda, mas a estrutura já é esta:
Neste tempo, não é “quem se esforça mais”, mas sim “quem é mais facilmente visto”.
A lógica subjacente à mobilidade social já foi reescrita, só que a maioria ainda não teve tempo de atualizar o seu entendimento.
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A forma como os jovens ascendem socialmente é completamente diferente da geração anterior.
No passado, havia três caminhos principais para a mobilidade social:
estudar, trabalhar, acumular experiência.
Trocava-se tempo por oportunidades, trocava-se estabilidade por sensação de segurança.
Mas agora, os jovens ao entrarem na sociedade percebem que:
este caminho está cada vez mais estreito, mais longo e mais lento.
Competir em habilitações já não tem mais-valia, esforçar-se ninguém vê, cada passo parece entrar num nevoeiro denso.
Assim, uma tendência negligenciada está a expandir-se —
a mobilidade social está a passar do “caminho do trabalho árduo” para o “caminho da atenção” e o “caminho das emoções”.
O que vês no KTV, nas lives, nos cenários de cosplay, não é “brincadeira”,
mas sim uma nova pista para a mobilidade social:
quem consegue ser visto, pode ser escolhido;
quem consegue proporcionar experiências, pode definir o preço.
Isto não é fácil, é outro tipo de competição de alta pressão:
uns competem pelo profissionalismo, outros pela aparência, outros pela persona, outros pelo carisma.
Todos tentam encontrar uma forma de abrir uma saída no sistema tradicional.
Curiosamente,
a sociedade, em silêncio, considera “quem consegue captar atenção”
como potenciais candidatos à “upward mobility” (mobilidade ascendente).
A razão é simples:
atenção traz recursos, recursos trazem tráfego, tráfego traz rendimento,
rendimento traz ascensão social.
Este caminho tem mais riscos, a eliminação é mais rápida, o trabalho emocional é mais pesado,
mas pelo menos é um caminho que ainda oferece alguma possibilidade.
A ascensão social da geração anterior dependia de fábricas, esforço físico, entidades, diplomas;
a ascensão social desta geração depende de conteúdo, serviço, experiência, emoções.
Há quem não goste, há quem não compreenda,
mas a estrutura já é esta:
Neste tempo, não é “quem se esforça mais”,
mas sim “quem é mais facilmente visto”.
A lógica subjacente à mobilidade social já foi reescrita,
só que a maioria ainda não teve tempo de atualizar o seu entendimento.