Criptomoedas, inflação e inovação: a visão da Cryptosmart sobre o futuro da Itália e o ...

O Cryptonomist teve o prazer de entrevistar a equipe da Cryptosmart para aprofundar-se na sua visão do atual cenário econômico global, a evolução do setor cripto e o papel estratégico da Itália em reter capital e estimular a inovação tecnológica.

  1. A economia global parece estar a mover-se sobre terrenos instáveis: inflação, taxas ainda elevadas, tensões geopolíticas. Como estão a experienciar isso como empreendedores?

O contexto macroeconómico que estamos a viver, em que a incerteza global permanece elevada, alimentada por tensões geopolíticas e comerciais persistentes, penaliza fortemente o desenvolvimento económico das empresas italianas devido à sua forte exposição ao comércio externo; este contexto também cria medo e tensão para o consumidor/poupador que perde a consciência nas suas escolhas diárias, com repercussões para todos os setores económicos, incluindo o setor cripto.

  1. O ano de 2024 foi um ano importante para o Bitcoin, entre a redução pela metade e a aprovação de ETFs de spot nos EUA. Qual é a sua visão para o futuro do setor cripto?

O ano de 2024 foi, de facto, um ano chave para o Bitcoin e, por extensão, para todo o setor cripto. A aprovação de ETFs à vista sobre o Bitcoin por parte de autoridades reguladoras como a SEC representou a completa legitimação do ativo nos mercados de capitais tradicionais e, assim, a entrada de capital institucional em grande escala.

A redução pela metade do Bitcoin, a chegada dos ETFs à vista e a crescente atenção institucional permitem que o setor cripto tenha oportunidades significativas pela frente para se fortalecer e amadurecer. Ao mesmo tempo, uma abordagem regulatória e tecnológica equilibrada será essencial, capaz de combinar transparência e segurança com inovação e liberdade para experimentar. Se essas peças se encaixarem, a "revolução" cripto pode continuar se consolidando em um cenário global cada vez mais interconectado.

  1. O Bitcoin ultrapassou novos máximos históricos, mas muitos se perguntam se é tarde demais para entrar. O que você diz àqueles que querem investir hoje?

A curto prazo, o preço do Bitcoin sofre flutuações significativas devido a notícias, tweets de figuras influentes e sentimento do mercado, com picos e quedas que muitas vezes se revelam efémeros. No entanto, quando visto de uma perspetiva mais ampla, a longo prazo, é principalmente impulsionado por dois fatores fundamentais: o aumento constante da oferta monetária de euros e dólares, e a adoção continuamente crescente da cripto moeda a nível global.

As políticas monetárias dos bancos centrais, caracterizadas pela incessante "impressão" de moeda, erodem o poder de compra do dinheiro tradicional e favorecem a busca por ativos capazes de preservar valor ao longo do tempo. O Bitcoin, com um suprimento máximo de 21 milhões de unidades e suas reduções periódicas que diminuem a sua criação, é considerado por muitos como um refúgio contra a inflação. Ao mesmo tempo, a rede Bitcoin continua a atrair o interesse de investidores, empresas e até governos, contribuindo para a legitimação desta criptomoeda como uma ferramenta de pagamento, reserva de valor e garantia no setor financeiro.

A crescente adoção cria um círculo virtuoso: quanto mais o Bitcoin é aceito, mais a procura e a confiança nele aumentam, à custa de movimentos especulativos de curto prazo. Embora continue a ser um ativo sujeito a volatilidade, a sua trajetória a longo prazo parece beneficiar de um aumento constante no uso prático e na exposição nos mercados globais, incentivada ainda mais por políticas monetárias que alimentam a inflação das moedas fiduciárias.

  1. Como você vê o papel da Itália neste cenário global? Há espaço para inovação e para atrair capital no nosso país?

O panorama internacional é cada vez mais marcado por um impulso no sentido da desglobalização, alimentado também por novas políticas tarifárias e protecionistas. Para a Itália, depender apenas das exportações já não é suficiente nem sustentável a longo prazo: torna-se essencial reforçar a inovação tecnológica no território nacional e incentivar a criação de um ecossistema capaz de atrair investimentos. Não podemos dar-nos ao luxo de deleGate.io a investigação e o desenvolvimento de tecnologias estratégicas apenas a países estrangeiros.

No que diz respeito ao capital, o objetivo principal deve ser, mesmo antes de atrair novos investidores estrangeiros, prevenir a fuga de capital italiano. É um problema concreto mesmo no setor de criptoativos e ativos digitais, onde uma grande parte dos fundos dos cidadãos italianos está localizada em bolsas estrangeiras. O desafio é construir um ambiente regulatório, infraestrutural e cultural capaz de reter ativos dentro das fronteiras nacionais. Nesse sentido, entidades como a Cryptosmart estão comprometidas em oferecer soluções na Itália, criando uma oportunidade para consolidar o mercado de cripto na esfera doméstica e aprimorar a cadeia de suprimentos inovadora do país. Este primeiro passo é essencial: se a Itália conseguir manter seu capital dentro do território, será mais fácil desenvolver habilidades, criar empregos qualificados e aprimorar aquelas excelências que já possui, tanto no setor tecnológico quanto em outros setores com alto potencial de crescimento.

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