Pontos chave
Atualmente, não há evidências oficiais que indiquem que o governo chinês planeja formalmente legalizar o Bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. O governo da China adota uma postura restritiva em relação às criptomoedas, proibindo negociações e mineração, mas a posse individual pode ser legal. Existem algumas especulações de que a China pode considerar a possibilidade de manter Bitcoin como reserva, mas falta confirmação oficial.
Fundo
O governo chinês tem adotado uma política de regulamentação rigorosa em relação ao Bitcoin e às criptomoedas há muito tempo. Desde 2013, a China tem progressivamente restringido as transações de Bitcoin, proibiu a emissão inicial de moedas (ICO) em 2017 e, em 2021, proibiu completamente as transações e atividades de mineração de criptomoedas. Essas medidas visam manter a estabilidade financeira, prevenir a fuga de capitais e atividades financeiras ilegais.
Atividades recentes
Apesar da proibição, houve alguns sinais indiretos recentes e especulações de que a China pode estar reavaliando sua posição. Por exemplo, em 2025 houve relatos de que a China poderia considerar manter o Bitcoin como um ativo de reserva em resposta ao movimento dos EUA de construir uma reserva estratégica de Bitcoin, mas essas são especulações sem confirmação oficial. Além disso, em um parecer em novembro de 2024, um tribunal de Xangai reconheceu a legalidade de indivíduos que detêm criptomoedas, mas as atividades comerciais permaneceram proibidas.
Conclusão
Com base em informações públicas, o governo chinês atualmente não parece ter planos de levantar oficialmente a proibição do bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. No entanto, dada a complexidade das dinâmicas geopolíticas e financeiras, as políticas futuras podem mudar, mas atualmente não há evidências claras que apoiem essa mudança.
Relatório detalhado
A questão de saber se o governo chinês planeia oficialmente levantar a proibição do Bitcoin e usá-lo como moeda de reserva é uma questão complexa que envolve políticas financeiras, geopolítica e estruturas regulatórias. Abaixo está uma análise detalhada com base em informações recentes, abrangendo o contexto, a evolução das políticas, as dinâmicas recentes e as possíveis tendências futuras.
Contexto e História da Política
A regulamentação das criptomoedas na China começou em 2013, quando o Banco Popular da China (PBOC) emitiu um aviso, esclarecendo que o Bitcoin não é considerado uma moeda de curso legal, mas sim um produto virtual, proibindo as instituições financeiras de fornecer serviços relacionados. Desde então, a política foi gradualmente apertada:
Em 2017, a China proibiu ICOs e fechou bolsas domésticas de criptomoedas. Em 2021, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) listou a mineração de Bitcoin como uma indústria obsoleta, e o Conselho de Estado proibiu a negociação de criptomoedas e atividades de mineração em toda a linha, com o objetivo de reduzir os riscos financeiros e as saídas de capital (Fórum Econômico Mundial). De acordo com um relatório da Investopedia, em setembro de 2021, o governo chinês, juntamente com dez ministérios, emitiu um comunicado proibindo instituições financeiras e empresas de internet de participar de transações de criptomoedas, proibindo explicitamente o Bitcoin de circular como uma moeda tradicional.
Essas medidas levaram a uma rápida diminuição da indústria que uma vez representou 67% da participação global na mineração de Bitcoin na China, com as atividades de mineração se deslocando para os Estados Unidos e outras regiões (Crypto.news).
Desenvolvimentos recentes e especulações
Apesar de a posição oficial ser clara, surgiram recentemente algumas dinâmicas notáveis:
Legitimidade da participação individual: Em novembro de 2024, o Tribunal Popular de Xangai Songjiang declarou em um parecer de caso que não é ilegal para indivíduos deterem criptomoedas e reconhecerem seus atributos de propriedade (SCMP). Isto sugere que, a nível individual, pode haver algum afrouxamento da política, mas a atividade comercial continua a ser proibida. Campo de testes de Hong Kong: Hong Kong, como uma região administrativa especial sob "um país, dois sistemas" que permite a negociação de criptomoedas e ETFs, atraiu investidores chineses do continente para participar indiretamente através do programa Qualified Domestic Institutional Investor (QDII) (CoinDesk). Isso é visto por alguns analistas como uma forma de o governo chinês observar o mercado de criptomoedas (Medium). Especulação de reserva de Bitcoin: Em março de 2025, foi relatado que a China pode considerar manter o Bitcoin como um ativo de reserva em resposta ao movimento dos EUA de construir uma reserva estratégica de Bitcoin. Por exemplo, o Cointelegraph menciona que a China pode deter 195.000 BTC (um ativo confiscado do esquema PlusToken Ponzi de 2020), mas o governo nunca divulgou publicamente como ele foi descartado. David Bailey (CEO da BTC Inc.) disse no post X que a China tem discutido a estratégia do Bitcoin a portas fechadas desde o ciclo eleitoral de 2024, mas não foi oficialmente confirmado (Crypto Briefing). Reação do mercado e rumores: Em 2 de março de 2025, a Crypto Rover anunciou no X que a China planeja suspender a proibição do Bitcoin em 2025 e construir reservas estratégicas, fazendo com que o preço do Bitcoin suba em um curto período de tempo, mas esta notícia carece de uma fonte oficial e pode ser especulação de mercado (Blockchain.News).
Considerações geopolíticas e econômicas
A insatisfação da China com o sistema financeiro internacional dominado pelo dólar dos Estados Unidos, bem como os esforços de desdolarização, podem levá-la a considerar ativos alternativos. Algumas análises sugerem que o Bitcoin, como um meio descentralizado de armazenamento de valor, pode ser visto como uma ferramenta para combater sanções financeiras ocidentais (CoinDesk). Por exemplo, a Forbes mencionou que o banco central da China pode aumentar indiretamente a demanda por Bitcoin por meio de políticas de estímulo monetário, mas isso não está relacionado à política de reservas formal.
No entanto, a China tende a desenvolver a sua própria moeda digital de banco central (CBDC), ou seja, o yuan digital, para aumentar o controlo sobre o sistema financeiro (The Guardian). Isso contradiz a natureza descentralizada do Bitcoin, tornando assim a possibilidade de uma legalização formal do Bitcoin bastante baixa.
Tendências futuras e incerteza
Possibilidade de flexibilização da política: Dada a experimentação de Hong Kong e o reconhecimento da legalidade da posse pessoal, no futuro pode ser permitido um número limitado de atividades com criptomoedas sob certas condições, mas isso não equivale a uma liberação formal ou a utilização como reserva. Papel potencial dos ativos de reserva: Se a China realmente possui bitcoins (por exemplo, de ativos confiscados), seu uso pode ser mais voltado para a gestão estratégica de ativos do que para uma moeda de reserva formal. Relatórios de março de 2025 indicam que os EUA possuem 198.109 bitcoins como reserva, e a China pode tentar igualar essa escala, mas isso ainda não foi oficialmente confirmado (The Blockchain). Desafios regulatórios: Os desafios regulatórios enfrentados pela China incluem proteção ao consumidor, a contradição entre o fluxo de capitais e a regulamentação soberana, e a determinação de responsabilidades legais (DeGruyter). Esses fatores podem limitar sua atitude aberta em relação ao bitcoin.
Tabela de Dados: Linha do Tempo das Políticas de Bitcoin da China
ano
política ou evento
influência
2013
O PBOC emitiu um aviso, afirmando que o bitcoin é uma mercadoria virtual e não uma moeda de curso legal.
Proibição da participação de instituições financeiras, restrição de transações
2017
Proibição de ICO, fechamento de bolsas de criptomoedas no país
Combater atividades especulativas, o mercado está encolhendo
2021
Proibição total de transações e mineração de criptomoedas
A indústria de mineração está a deslocar-se, e os Estados Unidos tornam-se o novo centro de mineração.
Novembro de 2024
O tribunal de Xangai reconhece a legalidade da posse de criptomoedas por indivíduos
A nível pessoal há flexibilidade, mas as atividades comerciais continuam proibidas.
Março de 2025
Suspeita-se que a China possa estabelecer reservas estratégicas de Bitcoin, mas não há confirmação oficial.
Flutuação do mercado, falta de apoio de políticas oficiais
Conclusão
De modo geral, até 23 de março de 2025, o governo da China não anunciou oficialmente planos para liberar o Bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. Sua política ainda é predominantemente restritiva, visando manter a estabilidade financeira e controlar o fluxo de capitais. Apesar de haver especulações no mercado e indícios indiretos (como a posse de ativos confiscados ou o experimento em Hong Kong), esses não foram confirmados oficialmente. As políticas futuras podem ser influenciadas por fatores geopolíticos e econômicos, mas as evidências atuais tendem a indicar que a China não adotará oficialmente o Bitcoin como moeda de reserva.
O conteúdo serve apenas de referência e não constitui uma solicitação ou oferta. Não é prestado qualquer aconselhamento em matéria de investimento, fiscal ou jurídica. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações sobre os riscos.
O governo chinês irá oficialmente levantar a proibição do Bitcoin e usá-lo como reserva?
Pontos chave Atualmente, não há evidências oficiais que indiquem que o governo chinês planeja formalmente legalizar o Bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. O governo da China adota uma postura restritiva em relação às criptomoedas, proibindo negociações e mineração, mas a posse individual pode ser legal. Existem algumas especulações de que a China pode considerar a possibilidade de manter Bitcoin como reserva, mas falta confirmação oficial. Fundo O governo chinês tem adotado uma política de regulamentação rigorosa em relação ao Bitcoin e às criptomoedas há muito tempo. Desde 2013, a China tem progressivamente restringido as transações de Bitcoin, proibiu a emissão inicial de moedas (ICO) em 2017 e, em 2021, proibiu completamente as transações e atividades de mineração de criptomoedas. Essas medidas visam manter a estabilidade financeira, prevenir a fuga de capitais e atividades financeiras ilegais. Atividades recentes Apesar da proibição, houve alguns sinais indiretos recentes e especulações de que a China pode estar reavaliando sua posição. Por exemplo, em 2025 houve relatos de que a China poderia considerar manter o Bitcoin como um ativo de reserva em resposta ao movimento dos EUA de construir uma reserva estratégica de Bitcoin, mas essas são especulações sem confirmação oficial. Além disso, em um parecer em novembro de 2024, um tribunal de Xangai reconheceu a legalidade de indivíduos que detêm criptomoedas, mas as atividades comerciais permaneceram proibidas. Conclusão Com base em informações públicas, o governo chinês atualmente não parece ter planos de levantar oficialmente a proibição do bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. No entanto, dada a complexidade das dinâmicas geopolíticas e financeiras, as políticas futuras podem mudar, mas atualmente não há evidências claras que apoiem essa mudança. Relatório detalhado A questão de saber se o governo chinês planeia oficialmente levantar a proibição do Bitcoin e usá-lo como moeda de reserva é uma questão complexa que envolve políticas financeiras, geopolítica e estruturas regulatórias. Abaixo está uma análise detalhada com base em informações recentes, abrangendo o contexto, a evolução das políticas, as dinâmicas recentes e as possíveis tendências futuras. Contexto e História da Política A regulamentação das criptomoedas na China começou em 2013, quando o Banco Popular da China (PBOC) emitiu um aviso, esclarecendo que o Bitcoin não é considerado uma moeda de curso legal, mas sim um produto virtual, proibindo as instituições financeiras de fornecer serviços relacionados. Desde então, a política foi gradualmente apertada: Em 2017, a China proibiu ICOs e fechou bolsas domésticas de criptomoedas. Em 2021, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) listou a mineração de Bitcoin como uma indústria obsoleta, e o Conselho de Estado proibiu a negociação de criptomoedas e atividades de mineração em toda a linha, com o objetivo de reduzir os riscos financeiros e as saídas de capital (Fórum Econômico Mundial). De acordo com um relatório da Investopedia, em setembro de 2021, o governo chinês, juntamente com dez ministérios, emitiu um comunicado proibindo instituições financeiras e empresas de internet de participar de transações de criptomoedas, proibindo explicitamente o Bitcoin de circular como uma moeda tradicional. Essas medidas levaram a uma rápida diminuição da indústria que uma vez representou 67% da participação global na mineração de Bitcoin na China, com as atividades de mineração se deslocando para os Estados Unidos e outras regiões (Crypto.news). Desenvolvimentos recentes e especulações Apesar de a posição oficial ser clara, surgiram recentemente algumas dinâmicas notáveis: Legitimidade da participação individual: Em novembro de 2024, o Tribunal Popular de Xangai Songjiang declarou em um parecer de caso que não é ilegal para indivíduos deterem criptomoedas e reconhecerem seus atributos de propriedade (SCMP). Isto sugere que, a nível individual, pode haver algum afrouxamento da política, mas a atividade comercial continua a ser proibida. Campo de testes de Hong Kong: Hong Kong, como uma região administrativa especial sob "um país, dois sistemas" que permite a negociação de criptomoedas e ETFs, atraiu investidores chineses do continente para participar indiretamente através do programa Qualified Domestic Institutional Investor (QDII) (CoinDesk). Isso é visto por alguns analistas como uma forma de o governo chinês observar o mercado de criptomoedas (Medium). Especulação de reserva de Bitcoin: Em março de 2025, foi relatado que a China pode considerar manter o Bitcoin como um ativo de reserva em resposta ao movimento dos EUA de construir uma reserva estratégica de Bitcoin. Por exemplo, o Cointelegraph menciona que a China pode deter 195.000 BTC (um ativo confiscado do esquema PlusToken Ponzi de 2020), mas o governo nunca divulgou publicamente como ele foi descartado. David Bailey (CEO da BTC Inc.) disse no post X que a China tem discutido a estratégia do Bitcoin a portas fechadas desde o ciclo eleitoral de 2024, mas não foi oficialmente confirmado (Crypto Briefing). Reação do mercado e rumores: Em 2 de março de 2025, a Crypto Rover anunciou no X que a China planeja suspender a proibição do Bitcoin em 2025 e construir reservas estratégicas, fazendo com que o preço do Bitcoin suba em um curto período de tempo, mas esta notícia carece de uma fonte oficial e pode ser especulação de mercado (Blockchain.News). Considerações geopolíticas e econômicas A insatisfação da China com o sistema financeiro internacional dominado pelo dólar dos Estados Unidos, bem como os esforços de desdolarização, podem levá-la a considerar ativos alternativos. Algumas análises sugerem que o Bitcoin, como um meio descentralizado de armazenamento de valor, pode ser visto como uma ferramenta para combater sanções financeiras ocidentais (CoinDesk). Por exemplo, a Forbes mencionou que o banco central da China pode aumentar indiretamente a demanda por Bitcoin por meio de políticas de estímulo monetário, mas isso não está relacionado à política de reservas formal. No entanto, a China tende a desenvolver a sua própria moeda digital de banco central (CBDC), ou seja, o yuan digital, para aumentar o controlo sobre o sistema financeiro (The Guardian). Isso contradiz a natureza descentralizada do Bitcoin, tornando assim a possibilidade de uma legalização formal do Bitcoin bastante baixa. Tendências futuras e incerteza Possibilidade de flexibilização da política: Dada a experimentação de Hong Kong e o reconhecimento da legalidade da posse pessoal, no futuro pode ser permitido um número limitado de atividades com criptomoedas sob certas condições, mas isso não equivale a uma liberação formal ou a utilização como reserva. Papel potencial dos ativos de reserva: Se a China realmente possui bitcoins (por exemplo, de ativos confiscados), seu uso pode ser mais voltado para a gestão estratégica de ativos do que para uma moeda de reserva formal. Relatórios de março de 2025 indicam que os EUA possuem 198.109 bitcoins como reserva, e a China pode tentar igualar essa escala, mas isso ainda não foi oficialmente confirmado (The Blockchain). Desafios regulatórios: Os desafios regulatórios enfrentados pela China incluem proteção ao consumidor, a contradição entre o fluxo de capitais e a regulamentação soberana, e a determinação de responsabilidades legais (DeGruyter). Esses fatores podem limitar sua atitude aberta em relação ao bitcoin. Tabela de Dados: Linha do Tempo das Políticas de Bitcoin da China ano política ou evento influência 2013 O PBOC emitiu um aviso, afirmando que o bitcoin é uma mercadoria virtual e não uma moeda de curso legal. Proibição da participação de instituições financeiras, restrição de transações 2017 Proibição de ICO, fechamento de bolsas de criptomoedas no país Combater atividades especulativas, o mercado está encolhendo 2021 Proibição total de transações e mineração de criptomoedas A indústria de mineração está a deslocar-se, e os Estados Unidos tornam-se o novo centro de mineração. Novembro de 2024 O tribunal de Xangai reconhece a legalidade da posse de criptomoedas por indivíduos A nível pessoal há flexibilidade, mas as atividades comerciais continuam proibidas. Março de 2025 Suspeita-se que a China possa estabelecer reservas estratégicas de Bitcoin, mas não há confirmação oficial. Flutuação do mercado, falta de apoio de políticas oficiais Conclusão De modo geral, até 23 de março de 2025, o governo da China não anunciou oficialmente planos para liberar o Bitcoin ou usá-lo como moeda de reserva. Sua política ainda é predominantemente restritiva, visando manter a estabilidade financeira e controlar o fluxo de capitais. Apesar de haver especulações no mercado e indícios indiretos (como a posse de ativos confiscados ou o experimento em Hong Kong), esses não foram confirmados oficialmente. As políticas futuras podem ser influenciadas por fatores geopolíticos e econômicos, mas as evidências atuais tendem a indicar que a China não adotará oficialmente o Bitcoin como moeda de reserva.