Recuperação terminada, a próxima informação favorável é Trump despedir Powell?

O mercado está a seguir se Trump vai despedir o presidente da Reserva Federal (FED), Jerome Powell, para salvar o mercado, mas as implicações legais, processuais e económicas tornam esta medida cheia de incertezas.

Escrito por: Luke, Mars Finance

Os mercados financeiros dos EUA estão passando por uma volatilidade intensa. Os dados do CPI de março mostraram inesperadamente um arrefecimento da inflação, com a taxa de crescimento do CPI core sendo a mais baixa em quatro anos e a primeira queda em comparação mensal em cinco anos. No entanto, a ameaça da política de altas tarifas do governo Trump rapidamente ofuscou essa boa notícia, gerando preocupações sobre a escalada da guerra comercial. As ações dos EUA, o dólar e as criptomoedas sofreram vendas, enquanto os ativos de refúgio, como ouro, iene e franco suíço, subiram fortemente. Em meio ao pânico do mercado, uma ousada suposição surgiu: a demissão do presidente do FED, Powell, por Trump será a chave para salvar o mercado? Este artigo parte da situação atual do mercado para analisar essa possibilidade, explorando profundamente as implicações legais, processuais e de mercado, revelando o jogo entre Trump e a Reserva Federal.

O CPI positivo é ofuscado pela guerra tarifária, o mercado entra em pânico novamente

Os dados do CPI dos EUA em março deveriam injetar confiança no mercado. A taxa de crescimento do CPI núcleo caiu para o nível mais baixo em quatro anos, e a queda em relação ao mês anterior foi a primeira em cinco anos, sugerindo uma diminuição da pressão inflacionária. No entanto, a ameaça de tarifas de 145% de Trump sobre a China e tarifas elevadas sobre o México e o Canadá acendeu o pânico de uma guerra comercial global. As expectativas de aumento de preços devido às tarifas rapidamente superaram os fatores positivos, levando os investidores a buscar segurança.

Na quinta-feira, os três principais índices de ações dos EUA não conseguiram estender o rali de quarta-feira, com o S&P 500 caindo mais de 6% intraday em um ponto, aproximando-se do circuit breaker, e fechando em queda de 3,46%. As ações de tecnologia lideraram a queda, com a Tesla caindo mais de 7%. O mercado cripto foi igualmente lento, com o Bitcoin caindo 5,2% e o Ethereum caindo 11,7%. O índice do dólar americano registrou sua maior queda em um dia desde 2022, caindo mais de 2% intraday. O franco suíço de refúgio subiu quase 4% em relação ao dólar, seu maior ganho intradiário desde 2015; O iene se recuperou em conjunto. O ouro teve um desempenho atraente, com o ouro spot ultrapassando US$ 3.170 intraday, atingindo uma máxima histórica, subindo cerca de 3%.

O mercado de títulos reflete emoções complexas. O rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos subiu mais de 10 pontos base em um determinado momento, mostrando que as expectativas de inflação estão aumentando. Após a divulgação dos dados do IPC, o rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos despencou mais de 10 pontos base, com os rendimentos de curto prazo recuando. A turbulência no mercado é originada pela dupla ameaça da guerra tarifária: aumento dos preços e desaceleração do crescimento. Isso fez com que a política da A Reserva Federal (FED) recebesse muita atenção, enquanto o conflito entre Trump e Powell se tornou o foco do mercado.

Derrubar Powell pode salvar o mercado?

No contexto de um mercado deprimido, a demissão de Powell por Trump é vista por alguns investidores como uma potencial virada. A suposição é a seguinte: se Powell for substituído por um presidente mais propenso a uma política monetária flexível, a A Reserva Federal (FED) poderá rapidamente reduzir as taxas de juros, aliviando a pressão das altas taxas sobre o mercado de ações e as criptomoedas. Se a guerra comercial valorizar o dólar, o novo presidente poderá coordenar intervenções cambiais para impulsionar a competitividade das exportações. Essa expectativa é bastante atraente sob o desejo de cortes nas taxas de juros.

No entanto, a realidade está longe de ser tão simples. A demissão de Powell pode abalar a independência da A Reserva Federal (FED), provocando grandes volatilidades no mercado. O novo presidente pode não ser totalmente submisso a Trump; historicamente, a mudança de presidentes costuma trazer incerteza, e não benefícios imediatos. Além disso, a pressão inflacionária provocada por tarifas pode limitar o espaço para cortes nas taxas de juros. É necessário analisar profundamente, sob a perspectiva legal e de procedimentos, se despedir Powell pode realmente se tornar um "remédio para salvar o mercado".

A rivalidade entre Trump e a Reserva Federal: por que não se suportam?

O conflito entre Trump e A Reserva Federal (FED) é um confronto político nu e cru, centrado na sua convicção de que a Reserva Federal, sob a liderança de Powell, está intencionalmente "a colaborar com Biden, contra ele próprio". Essa percepção não se origina apenas de divergências políticas, mas está profundamente enraizada na obsessão de Trump pela lealdade política e na sua desconfiança em relação ao controle dos "establishment".

A "parcialidade" nas evidências segundo Trump

Trump acusou repetidamente a A Reserva Federal (FED) de estar "demasiado complacente" durante o mandato de Biden. Entre 2021 e 2022, a A Reserva Federal (FED) manteve taxas de juro baixas para apoiar a recuperação após a pandemia, coincidindo com o impulso de Biden para um grande plano de estímulo, que Trump interpretou como uma "ajuda velada" à agenda do Partido Democrata. Em contraste, durante seu mandato, Powell começou a aumentar gradualmente as taxas de juro a partir de 2018 e, em 2023-2024, manteve altas taxas devido à elevada inflação. Trump acredita que isso enfraqueceu diretamente suas promessas de crescimento econômico e sua ofensiva na guerra comercial. Em vários comícios de campanha de 2024, ele afirmou: "Powell obedece a Biden, mas sabota a mim." Embora essa narrativa careça de evidências diretas, ela ressoa com a desconfiança de seus apoiadores em relação ao "estado profundo", reforçando a imagem de Trump como um desafiante ao sistema.

A Reserva Federal (FED) de "motivos políticos" ilusórios

Do ponto de vista político, a independência da Reserva Federal (FED) é, por si só, um alvo de Trump. Powell enfatiza que as decisões são baseadas em dados, mas Trump vê isso como "uma disfarce político". Ele acredita que a Reserva Federal, como parte do establishment de Washington, tende naturalmente a manter o estabilismo preferido pelos democratas, em vez de apoiar suas radicais reformas de "América em Primeiro Lugar". Por exemplo, a tolerância de Powell à inflação no início do mandato de Biden foi interpretada por Trump como "dar água aos democratas", enquanto as altas taxas de juros durante seu mandato foram vistas como "um obstáculo deliberado". Esse viés cognitivo decorre das exigências extremamente altas de lealdade de Trump: qualquer instituição que não colabore completamente é rotulada como "hostil".

efeito amplificado do contexto histórico

A desconfiança de Trump não é infundada. As fricções entre a A Reserva Federal (FED) e presidentes republicanos não são raras na história, como as críticas a Volcker durante a era Reagan. Mas a situação de Trump é mais peculiar: ele assumiu o poder com uma postura "anti-establishment", vendo a A Reserva Federal (FED) como um símbolo da elite. Powell foi nomeado por Trump, mas não demonstrou a lealdade esperada, enfatizando repetidamente a independência em público, e em 2023 até sugeriu que não ajustaria a política sob pressão da Casa Branca. Esse sentimento de "traição" fez Trump acreditar que a A Reserva Federal (FED) sob a liderança de Powell tinha a intenção de se posicionar como seu oposto político, continuando a linha "moderada" do Partido Democrata.

catalisador de ressonância dos eleitores

Trump moldou a Reserva Federal (FED) como uma máquina burocrática "anti-popular", acendendo a fúria dos eleitores de base contra as instituições de elite. Ele afirmou que Powell "faz os trabalhadores e as empresas sofrerem", atribuindo as altas taxas de juros a uma "traição ao povo americano comum". Essa retórica política não apenas reforçou sua imagem de "lutador", mas também ocultou a complexidade da independência da Reserva Federal (FED), solidificando ainda mais a narrativa "contra Trump".

As tentativas de demissão de Trump e precedentes históricos

A insatisfação de Trump com Powell já era pública. Durante a campanha de 2024, ele ameaçou várias vezes demitir Powell. Em fevereiro, ele afirmou que Powell "subestimou a inflação" e ameaçou que "se não obedecer, será demitido". Em julho, ele disse que o presidente da Reserva Federal deveria "obedecer como um conselheiro". Essas declarações provocaram flutuações no dólar e nas taxas de juros dos títulos do Tesouro, mostrando a sensibilidade do mercado às suas intenções.

As ações de Trump vão além das palavras. No dia 9 de abril, o chefe da Suprema Corte, Roberts, assinou uma ordem permitindo temporariamente que Trump demitisse membros do NLRB e do MSPB, suspendendo a decisão de reintegração do tribunal inferior (Tribunal de Apelações do Distrito de Colúmbia), exigindo que as partes relevantes respondessem até 15 de abril. Este caso desafia o precedente do "Executivo Humphrey", com a intenção de ampliar o controle do presidente sobre agências independentes. Se bem-sucedido, pode abrir uma brecha legal para a demissão de Powell. Durante seu primeiro mandato, Trump tentou intervir na Reserva Federal (FED), pressionando por cortes nas taxas de juros e nomeando aliados para o conselho, sem sucesso total, mostrando que seu objetivo de longo prazo é remodelar o poder executivo.

Se Trump pode despedir Powell depende de três fatores: a lei, o procedimento e o mercado. A seguir, uma análise de cada um.

1. A restrição legal e o papel crucial do Supremo Tribunal

A Lei Humphrey-Executor estabelece que os líderes de agências independentes só podem ser demitidos por "justa causa" (como má conduta). A Lei da Reserva Federal oferece proteção semelhante ao presidente da Reserva Federal, cujo mandato vai até maio de 2026. O pedido de Trump ao Supremo Tribunal argumenta que agências como o NLRB exercem "poder administrativo substancial" e, portanto, não deveriam estar sob proteção contra demissão. Ele pode fazer um argumento semelhante em relação à Reserva Federal, afirmando que a política monetária tem efeitos profundos e que o presidente deve estar sob controle direto do presidente.

O Supremo Tribunal tem mostrado uma tendência a expandir os poderes presidenciais nos últimos anos. No caso Seila Law de 2020, foi decidido que a proteção contra a demissão do diretor do CFPB, que é liderado por uma única pessoa, é inconstitucional; em 2021, o caso Collins restringiu ainda mais essa proteção. No entanto, a Reserva Federal é gerida por um conselho de sete membros, cumprindo o padrão de "comissão de especialistas multi-membros" estabelecido pela Lei Humphrey. Sua independência é mais difícil de ser contestada. A ordem temporária de 9 de abril indica que o tribunal tem uma atitude aberta em relação ao pedido de Trump, mas a decisão final (prevista para o verão de 2025) pode se aplicar apenas ao NLRB/MSPB, não abrangendo necessariamente a Reserva Federal.

Se a "Humphrey's Executor" for derrubada, Trump pode demitir Powell com base em divergências políticas, mas precisará provar "justa causa". A posição baseada em dados de Powell é difícil de ser considerada negligente; se for demitido, ele pode entrar com uma ação judicial, atrasando o processo.

2. Programas e resistência política

Após demitir Powell, Trump precisa nomear um novo presidente e obter a confirmação do Senado. O Partido Republicano controla o Senado, mas os moderados podem se opor a candidatos radicais, e o processo de nomeação pode levar meses. Durante o período de transição, o vice-presidente ou um diretor pode assumir interinamente a presidência, e a política pode continuar como está, enfraquecendo o efeito esperado por Trump.

Politicamente, demitir Powell pode causar divisões dentro do partido. Alguns republicanos apoiam a independência da Reserva Federal (FED) e temem que a intervenção possa causar turbulência econômica. Powell goza de grande confiança no setor financeiro, e sua demissão pode provocar uma reação negativa da opinião pública. Internacionalmente, a perda de independência da Reserva Federal (FED) pode enfraquecer a credibilidade do dólar e afetar o fluxo de capitais.

3. Consequências do mercado e da economia

A demissão de Powell pode causar flutuações de mercado a curto prazo. O dólar pode cair devido a preocupações com a independência, enquanto o mercado de ações pode subir temporariamente devido às expectativas de cortes nas taxas de juros, mas os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA podem subir devido às expectativas de inflação. A longo prazo, se a política monetária for afetada por intervenções políticas, isso pode levar a uma inflação descontrolada, prejudicando a estabilidade econômica. A guerra comercial intensifica a pressão inflacionária; se o novo presidente cooperar com cortes nas taxas de juros ou intervenções na taxa de câmbio, isso pode aliviar a supervalorização do dólar, mas os riscos de inflação se ampliarão.

4. Avaliação de possibilidade

  • Alta probabilidade (25%): o Supremo Tribunal reverte a decisão do "executor de Humphrey", Trump tenta demitir Powell, mas ações judiciais e resistência no Senado podem ser um obstáculo.
  • Probabilidade média (55%): o tribunal restringe a proteção contra demissão, Trump pressiona Powell a renunciar, mas a demissão direta é difícil.
  • Baixa probabilidade (20%): o tribunal mantém o status quo, Trump só pode influenciar a Reserva Federal (FED) indiretamente através da nomeação de diretores.

Conclusão

As ações dos EUA e as criptomoedas caíram em um vale sob a pressão da desaceleração da inflação e da guerra comercial, enquanto os ativos de refúgio tornaram-se um porto seguro para os investimentos. A demissão de Powell por Trump é vista como um possível ponto positivo, mas as barreiras legais e processuais tornam seu futuro complexo. A decisão da Suprema Corte determinará o controle do presidente sobre instituições independentes, e a permanência de Powell dependerá da estratégia de Trump e da reação do mercado. No curto prazo, o mercado lutará com a incerteza, e se a demissão de Powell conseguirá reverter a tendência negativa ainda precisará de tempo para ser comprovado.

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