As regras do jogo de trinta anos mudaram completamente neste nó em novembro de 2025.

Você pode não saber, mas nas últimas décadas, o Japão tem desempenhado o papel de "caixa eletrônico invisível" no sistema financeiro global. As instituições se acostumaram a uma abordagem simples e agressiva: emprestar ienes a quase zero custo e, em seguida, apostar em títulos do Tesouro dos EUA, ações de tecnologia e imóveis — esse tipo de operação de arbitragem (Carry Trade) sustentou bolhas de ativos de trilhões de dólares.

Mas agora, os números falam:
A taxa de rendimento dos títulos do governo japonês a 20 anos ultrapassou 2,8%, enquanto a de 40 anos se aproxima de 3,7%, batendo recordes de trinta anos. Isso não é um "ajuste moderado", mas uma reversão drástica do sistema de taxas de juros.

O problema surgiu — quando pedir dinheiro já não é barato, a reação em cadeia torna-se inevitável:
Primeiro passo, o custo de financiamento em ienes disparou, e o espaço para lucros nas operações de arbitragem foi comprimido ou até desapareceu.
Segundo passo, a taxa de câmbio oscila drasticamente, as instituições com margem insuficiente são forçadas a liquidar posições para limitar perdas.
Terceiro passo, um fluxo de capital de trilhões começa a retornar ao Japão, enquanto a liquidez global parece um lago de onde a água foi drenada.

Você viu a intensa volatilidade do mercado de criptomoedas nos últimos dias? Não fique apenas de olho nos dados on-chain ou nas notícias macroeconômicas, o verdadeiro fluxo oculto está em um lugar mais profundo - quando a "alavancagem em ienes" que sustenta os preços dos ativos globais começa a se afrouxar, todos os mercados precisam ser reprecificados.

Antigamente, todos pressupunham que o Japão continuaria a ficar inerte, mas desta vez, o jogo realmente mudou.