A confiança dos consumidores acabou de sofrer uma queda acentuada. O índice de expectativas da Universidade de Michigan caiu para o valor mais baixo dos últimos 48 anos—sim, leu bem, quase meio século.

Isto não é apenas mais uma queda no sentimento. Estamos a falar de um limiar psicológico que foi ultrapassado. Quando os consumidores perdem a confiança no futuro de forma tão dramática, o impacto faz-se sentir em todas as classes de ativos. O consumo paralisa. O apetite pelo risco desaparece. Os fluxos de capital tornam-se imprevisíveis.

Para quem acompanha as tendências macroeconómicas, este dado é um claro sinal de alerta. Historicamente, um pessimismo extremo a este nível precedeu grandes mudanças de política ou prolongados períodos de estagnação económica. Qualquer um destes cenários muda a forma como o dinheiro inteligente se posiciona.

A questão não é se isto importa—é quão rapidamente os mercados vão reagir. Ativos tradicionais? Já mostram nervosismo. Ativos digitais? Podem registar tanto movimentos de refúgio como picos de volatilidade especulativa.

Fique atento às respostas da Fed e aos padrões de consumo dos próximos meses. Quando as expectativas colapsam desta forma, o plano de ação muda rapidamente.