O chefe da JP Morgan, Jamie Dimon, acabou de lançar uma opinião ousada sobre o futuro do dinheiro. Segundo ele, a ideia de existir uma moeda verdadeiramente incontrolada no mundo? Não vai acontecer.

Esta afirmação vai direta ao cerne do debate cripto. Enquanto os maximalistas do Bitcoin defendem a soberania financeira e a descentralização, uma das vozes mais poderosas de Wall Street afirma que os governos e bancos centrais nunca permitirão que uma moeda opere completamente fora do seu controlo.

A posição de Dimon não é propriamente nova—ele tem sido cético em relação às criptomoedas há anos. Mas esta formulação em particular é interessante. Desta vez, ele não está apenas a criticar o Bitcoin ou a chamá-lo de fraude. Está a fazer um ponto mais amplo sobre estruturas de poder e controlo monetário.

A tensão é real: a tecnologia blockchain promete liberdade em relação à supervisão institucional, mas os grandes intervenientes financeiros insistem que moedas significativas precisarão sempre de algum nível de regulação. Se isto lhe parece realismo ou resistência à inovação, provavelmente depende de que lado do argumento da descentralização se encontra.

Uma coisa é certa—declarações como esta alimentam exatamente as conversas que mantêm este espaço em constante evolução. O choque entre as finanças tradicionais e a ideologia cripto não vai desaparecer.