Lisboa adopta moedas digitais para pagamentos de impostos

A capital argentina implementou “BA Cripto”, um pacote de políticas que permite a residentes e empresas pagarem impostos municipais e taxas administrativas utilizando criptomoedas, incluindo Bitcoin. Lançado na terça-feira, 19 de agosto de 2025, o programa abrange tributos municipais como ABL (imposto imobiliário), Patentes (imposto veicular) e Receitas Brutas, bem como trâmites não tributários como licenças de condução e multas de trânsito, pagáveis através de um sistema de código QR da cidade.

Buenos Aires mergulha no mundo cripto

A iniciativa da Câmara Municipal vai além de uma simples mudança nos métodos de pagamento. As autoridades apresentaram quatro medidas: incorporar atividades relacionadas com criptomoedas ao nomenclador de atividades económicas da cidade para simplificar as declarações; isentar os prestadores de serviços de ativos virtuais (PSAVs) de certos regimes de arrecadação bancária no imposto sobre os rendimentos brutos; modificar a base tributária para o comércio de criptomoedas do valor bruto da transação para a margem líquida; e habilitar pagamentos em criptomoedas através de códigos QR tanto para impostos como para serviços administrativos. O governo enquadrou este pacote como uma atualização regulatória que reduz fricções e alinha a tributação com o funcionamento real dos mercados de ativos digitais.

O prefeito Jorge Macri apresentou a iniciativa como uma modernização institucional projetada para atrair investimentos e facilitar o cumprimento normativo. “O objetivo é que a Cidade seja líder mundial em criptomoedas”, afirmou, acrescentando: “Já contamos com o capital humano, e agora estamos construindo as ferramentas reduzindo a burocracia para facilitar o cumprimento dos contribuintes e apoiar a chegada de novas empresas que se instalem aqui”. As declarações foram feitas no The Slow Kale em Colegiales, um estabelecimento que aceita pagamentos em criptomoedas.

Macri também argumentou que o pacote sinaliza uma postura mais amigável em relação ao setor: “Estas medidas asseguram que o mundo cripto veja que a Cidade está cada vez mais receptiva. A economia digital nos obriga a atualizar e adaptar com um Estado moderno, ágil, eficiente e inteligente. Queremos que o talento encontre um lugar para crescer, inovar e liderar sem obstáculos.”

O contexto é um uso crescente. Segundo dados da cidade citados no lançamento, aproximadamente 10.000 pessoas em Buenos Aires recebem rendimentos do exterior via criptomoedas ou PayPal, e o uso de trilhos PIX tem aumentado. A nível nacional, a Argentina conta com “mais de 10 milhões” de contas de criptomoedas — cerca de 22% do total da América Latina — números que, segundo a cidade, justificam regras adaptadas e serviços públicos que acomodem de forma nativa os ativos digitais.

Para as empresas, a atualização da classificação é importante porque confere às atividades cripto um lugar explícito no nomenclador fiscal, melhorando a clareza “sem custo fiscal” e facilitando a troca de informações entre jurisdições. A exclusão dos PSAVs dos regimes de arrecadação bancária busca reduzir as retenções automáticas que podem imobilizar o capital de giro, enquanto a nova base tributária baseada na margem reconhece a discrepância entre o comércio de alto volume e baixa margem e um quadro de receitas brutas. Em conjunto, esses passos constituem o que a cidade denomina um ambiente mais “ágil” e “transparente” para que as empresas de ativos digitais operem na capital.

Do lado do consumidor, pretende-se que a experiência de pagamento seja simples: escanear um código QR da cidade e pagar o imposto ou taxa selecionada com uma carteira compatível. As autoridades indicaram que atualmente apenas algumas carteiras aceitam pagamentos em criptomoedas, mas está a ser desenvolvido um “agregador” fornecido por Buenos Aires que permitirá a “vizinhos e empresas” pagar “a partir de qualquer carteira, diretamente, mais rápido e simples”. O governo não publicou uma especificação técnica nem uma lista de ativos compatíveis no lançamento.

Hernán Lombardi, Ministro de Desenvolvimento Económico da cidade, apresentou as reformas como uma recalibragem do tratamento legal e fiscal dos ativos digitais. “Estas reformas marcam uma mudança no tratamento legal e fiscal dos ativos digitais. Menos burocracia, maior certeza jurídica e regras claras se traduzirão em mais investimento”, afirmou, apontando que o nomenclador atualizado ajudará a “determinar e esclarecer as atividades de empresas e usuários individuais de criptoativos, e assim evitar retenções que comprometam o capital de trabalho do setor”.

No momento da publicação, a capitalização total do mercado de criptomoedas situava-se em $3.77 trilhões.

Aviso: Apenas para fins informativos. O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros.

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