As receitas atingiram $6.790 milhões no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas dos analistas com um aumento de 33,8% em relação ao ano anterior.
Os lucros por ação foram de $10,31 no segundo trimestre de 2025, abaixo das estimativas dos analistas e representando uma diminuição de 1,6% em comparação com o mesmo período de 2024.
A margem operacional caiu para 12,2%, refletindo maiores investimentos em logística, marketing e crescimento de clientes.
Estas 10 ações poderiam criar a próxima onda de milionários ›
MercadoLibre (NASDAQ:MELI), a principal plataforma de comércio eletrônico e tecnologia financeira na América Latina, publicou os seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2025 no dia 4 de agosto. O destaque foi o forte aumento de receitas para $6.790 milhões, superando a estimativa de consenso de $6.670 milhões. Apesar deste feito, os lucros por ação ficaram em $10,31, abaixo dos $11,93 esperados, e a margem operacional reduziu-se para 12,2%. O trimestre mostrou avanços contínuos no crescimento de usuários e volume de negócios, mas também destacou os custos crescentes associados a investimentos estratégicos e ações competitivas.
Métrica
Q2 2025
Estimado Q2 2025
Q2 2024
Mudança anual
EPS
$10,31
$11,93
$10,48
-1,6%
Receitas
$6.790 milhões
$6.670 milhões
$5.070 milhões
33,9%
Margem operacional
12,2%
-
14,3%
-2,1 pp
EBITDA ajustado
$1.020 milhões
-
$880 milhões
15,9%
Fluxo de caixa livre ajustado
$454 milhões
N/A
-
15,9%
Fonte: Estimativas de analistas fornecidas pela FactSet.
Panorama do negócio e abordagem estratégica
O MercadoLibre opera um dos maiores ecossistemas de comércio online e tecnologia financeira na América Latina. Seu marketplace conecta milhões de compradores e vendedores, enquanto sua plataforma fintech (Mercado Pago) oferece pagamentos digitais, empréstimos e produtos de poupança. Também fornece logística através do Mercado Envíos, publicidade com o Mercado Ads e diversos serviços de valor acrescentado.
A sua abordagem recente tem-se centrado em aprofundar o compromisso através de serviços agrupados e investir fortemente na expansão logística, pagamentos digitais e aquisição de clientes. Fico surpreendido que continuem a apostar tão agressivamente no crescimento quando já dominam o mercado, embora entenda que a concorrência não dorme.
Desempenho trimestral e desenvolvimentos chave
As receitas cresceram 33,8% até $6.790 milhões, impulsionadas pela expansão tanto no comércio eletrônico quanto em fintech. O Brasil continua a ser seu maior mercado, com um crescimento de 25% em dólares e 35% em moeda constante, estimulado pela redução estratégica dos limiares de envio gratuito em junho. A Argentina apresentou um desempenho ainda mais forte, com receitas disparando 77% em dólares e 130% em moeda constante, com artigos vendidos aumentando 46%. No México, as receitas aumentaram 25% em dólares e 35% em base neutra de moedas.
O segmento de Comércio viu suas receitas crescerem 29% em dólares e 45% neutro em moedas. As vendas diretas (onde o MercadoLibre vende seu próprio estoque) dobraram ano a ano, ajudando a empresa a alcançar mais de $1.000 milhões em volume bruto de mercadorias de primeira parte pela primeira vez. A logística continua a ser uma força: 95% dos itens foram entregues através de sua rede gerida, com centros de cumprimento gerenciando 57% de todos os envios.
O segmento Fintech, incluindo pagamentos digitais e ofertas de crédito, continua a crescer rapidamente. As receitas aumentaram 40% em dólares e 63% em termos de moeda constante, superando o crescimento do segmento Comércio. Os usuários ativos mensais atingiram 68 milhões, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. A sua carteira de cartões de crédito aumentou 118% ano a ano, totalizando $4.000 milhões. As margens de juros líquidas após perdas estabilizaram-se em 23,0%, embora tenham caído de 31,1% devido a mudanças na combinação de produtos.
As margens de lucro enfrentaram pressão no período. A margem operacional caiu para 12,2%, de 14,3% no segundo trimestre de 2024. Esta contração resultou dos custos diretos de expandir o envio gratuito, maior gasto em marketing e uma maior proporção de vendas diretas com margens mais baixas. O rendimento líquido foi de $523 milhões com uma margem de 7,7%, afetado por perdas cambiais de $117 milhões após uma desvalorização do peso argentino.
Avanços em produtos e plataforma
O MercadoLibre aprofundou a integração entre os seus serviços de comércio e fintech. Ampliou a sua oferta de primeira parte, lançou funcionalidades de busca impulsionadas por inteligência artificial e melhorou a segmentação publicitária. Em fintech, impulsionou a banca digital em mercados importantes e promoveu produtos de poupança de alto rendimento no Brasil. Foram emitidos mais de 1,5 milhões de cartões de crédito.
A rede logística agora inclui mais de 30 centros de cumprimento, com volumes recorde de entrega no mesmo dia na Argentina. Em publicidade, a maior escala levou a quase duplicar as receitas nas categorias de display e vídeo.
Perspectivas e olhar para o futuro
A direção não forneceu orientação quantitativa explícita para o próximo trimestre ou para o ano fiscal completo. Enfatizaram uma abordagem contínua de reinvestir para crescer em logística, fintech e aquisição de usuários, sugerindo que as margens operacionais podem continuar sob pressão enquanto a concorrência se intensifica. Pessoalmente, acredito que essa estratégia de crescimento a qualquer custo pode resultar cara a longo prazo se não conseguirem equilibrar investimento e rentabilidade.
Os investidores devem estar atentos a vários temas nos próximos trimestres: o ritmo de aceleração de usuários e vendas, a evolução da qualidade de crédito dentro do negócio fintech, e a transição para o novo CEO Ariel Szarfsztejn, programada para janeiro de 2026.
A MELI atualmente não paga dividendos.
Receitas e receitas líquidas apresentadas de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites nos EUA. (GAAP), a menos que indicado em contrário.
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Os rendimentos do MercadoLibre (MELI) disparam 34% no segundo trimestre
Fonte: The Motley Fool
5 de agosto de 2025 14:16
Pontos-chave
As receitas atingiram $6.790 milhões no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas dos analistas com um aumento de 33,8% em relação ao ano anterior.
Os lucros por ação foram de $10,31 no segundo trimestre de 2025, abaixo das estimativas dos analistas e representando uma diminuição de 1,6% em comparação com o mesmo período de 2024.
A margem operacional caiu para 12,2%, refletindo maiores investimentos em logística, marketing e crescimento de clientes.
Estas 10 ações poderiam criar a próxima onda de milionários ›
MercadoLibre (NASDAQ:MELI), a principal plataforma de comércio eletrônico e tecnologia financeira na América Latina, publicou os seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal de 2025 no dia 4 de agosto. O destaque foi o forte aumento de receitas para $6.790 milhões, superando a estimativa de consenso de $6.670 milhões. Apesar deste feito, os lucros por ação ficaram em $10,31, abaixo dos $11,93 esperados, e a margem operacional reduziu-se para 12,2%. O trimestre mostrou avanços contínuos no crescimento de usuários e volume de negócios, mas também destacou os custos crescentes associados a investimentos estratégicos e ações competitivas.
Fonte: Estimativas de analistas fornecidas pela FactSet.
Panorama do negócio e abordagem estratégica
O MercadoLibre opera um dos maiores ecossistemas de comércio online e tecnologia financeira na América Latina. Seu marketplace conecta milhões de compradores e vendedores, enquanto sua plataforma fintech (Mercado Pago) oferece pagamentos digitais, empréstimos e produtos de poupança. Também fornece logística através do Mercado Envíos, publicidade com o Mercado Ads e diversos serviços de valor acrescentado.
A sua abordagem recente tem-se centrado em aprofundar o compromisso através de serviços agrupados e investir fortemente na expansão logística, pagamentos digitais e aquisição de clientes. Fico surpreendido que continuem a apostar tão agressivamente no crescimento quando já dominam o mercado, embora entenda que a concorrência não dorme.
Desempenho trimestral e desenvolvimentos chave
As receitas cresceram 33,8% até $6.790 milhões, impulsionadas pela expansão tanto no comércio eletrônico quanto em fintech. O Brasil continua a ser seu maior mercado, com um crescimento de 25% em dólares e 35% em moeda constante, estimulado pela redução estratégica dos limiares de envio gratuito em junho. A Argentina apresentou um desempenho ainda mais forte, com receitas disparando 77% em dólares e 130% em moeda constante, com artigos vendidos aumentando 46%. No México, as receitas aumentaram 25% em dólares e 35% em base neutra de moedas.
O segmento de Comércio viu suas receitas crescerem 29% em dólares e 45% neutro em moedas. As vendas diretas (onde o MercadoLibre vende seu próprio estoque) dobraram ano a ano, ajudando a empresa a alcançar mais de $1.000 milhões em volume bruto de mercadorias de primeira parte pela primeira vez. A logística continua a ser uma força: 95% dos itens foram entregues através de sua rede gerida, com centros de cumprimento gerenciando 57% de todos os envios.
O segmento Fintech, incluindo pagamentos digitais e ofertas de crédito, continua a crescer rapidamente. As receitas aumentaram 40% em dólares e 63% em termos de moeda constante, superando o crescimento do segmento Comércio. Os usuários ativos mensais atingiram 68 milhões, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. A sua carteira de cartões de crédito aumentou 118% ano a ano, totalizando $4.000 milhões. As margens de juros líquidas após perdas estabilizaram-se em 23,0%, embora tenham caído de 31,1% devido a mudanças na combinação de produtos.
As margens de lucro enfrentaram pressão no período. A margem operacional caiu para 12,2%, de 14,3% no segundo trimestre de 2024. Esta contração resultou dos custos diretos de expandir o envio gratuito, maior gasto em marketing e uma maior proporção de vendas diretas com margens mais baixas. O rendimento líquido foi de $523 milhões com uma margem de 7,7%, afetado por perdas cambiais de $117 milhões após uma desvalorização do peso argentino.
Avanços em produtos e plataforma
O MercadoLibre aprofundou a integração entre os seus serviços de comércio e fintech. Ampliou a sua oferta de primeira parte, lançou funcionalidades de busca impulsionadas por inteligência artificial e melhorou a segmentação publicitária. Em fintech, impulsionou a banca digital em mercados importantes e promoveu produtos de poupança de alto rendimento no Brasil. Foram emitidos mais de 1,5 milhões de cartões de crédito.
A rede logística agora inclui mais de 30 centros de cumprimento, com volumes recorde de entrega no mesmo dia na Argentina. Em publicidade, a maior escala levou a quase duplicar as receitas nas categorias de display e vídeo.
Perspectivas e olhar para o futuro
A direção não forneceu orientação quantitativa explícita para o próximo trimestre ou para o ano fiscal completo. Enfatizaram uma abordagem contínua de reinvestir para crescer em logística, fintech e aquisição de usuários, sugerindo que as margens operacionais podem continuar sob pressão enquanto a concorrência se intensifica. Pessoalmente, acredito que essa estratégia de crescimento a qualquer custo pode resultar cara a longo prazo se não conseguirem equilibrar investimento e rentabilidade.
Os investidores devem estar atentos a vários temas nos próximos trimestres: o ritmo de aceleração de usuários e vendas, a evolução da qualidade de crédito dentro do negócio fintech, e a transição para o novo CEO Ariel Szarfsztejn, programada para janeiro de 2026.
A MELI atualmente não paga dividendos.
Receitas e receitas líquidas apresentadas de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites nos EUA. (GAAP), a menos que indicado em contrário.