Novembro de 2023, um ponto de viragem. 48 países assinam um acordo que vai obrigar as exchanges a comunicar as suas transações ao fisco a partir de 2027. Sim, é tão grave quanto parece.
O mecanismo em português
Copiam o modelo CARF da OCDE (finalizado em junho de 2023): troca automática de informações entre autoridades fiscais. Concretamente? As exchanges têm de recolher os seus dados completos e partilhá-los. Acabou-se a evasão fiscal discreta.
Porque é que isto é uma boa notícia
Para os governos: Redução da evasão fiscal = mais receitas. Os criminosos têm mais dificuldade em lavar dinheiro via cripto (menos tráfico de droga e branqueamento de capitais).
Para o sector: Paradoxalmente, é bullish. Transparência = confiança institucional. Os fundos tradicionais estavam à espera disto. E a igualdade de regras entre bancos clássicos e exchanges é fairplay.
Mas atenção, o perigo esconde-se
E as exchanges fora do acordo? As plataformas em países não signatários vão tornar-se paraísos regulatórios temporários. Vai deslocar o problema, não resolvê-lo.
O peso administrativo? As exchanges vão queixar-se dos custos de conformidade. As plataformas mais pequenas arriscam-se a fechar.
Privacidade em risco: Recolher e partilhar dados massivos dos utilizadores é um muro para muitos. Quem controla esses dados depois?
O verdadeiro cálculo
Este acordo é a indústria cripto a dizer: “Melhor do que uma proibição total, mais vale ser profissional.” Os governos ganham controlo, as exchanges mantêm-se legais, os investidores ganham legitimidade.
A pergunta fatal: Será que 2027 chega para as plataformas se adaptarem? Ou vai ser o caos administrativo do ano?
Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
A transparência cripto está a caminho: o que muda realmente com o acordo fiscal de 48 países
Novembro de 2023, um ponto de viragem. 48 países assinam um acordo que vai obrigar as exchanges a comunicar as suas transações ao fisco a partir de 2027. Sim, é tão grave quanto parece.
O mecanismo em português
Copiam o modelo CARF da OCDE (finalizado em junho de 2023): troca automática de informações entre autoridades fiscais. Concretamente? As exchanges têm de recolher os seus dados completos e partilhá-los. Acabou-se a evasão fiscal discreta.
Porque é que isto é uma boa notícia
Para os governos: Redução da evasão fiscal = mais receitas. Os criminosos têm mais dificuldade em lavar dinheiro via cripto (menos tráfico de droga e branqueamento de capitais).
Para o sector: Paradoxalmente, é bullish. Transparência = confiança institucional. Os fundos tradicionais estavam à espera disto. E a igualdade de regras entre bancos clássicos e exchanges é fairplay.
Mas atenção, o perigo esconde-se
E as exchanges fora do acordo? As plataformas em países não signatários vão tornar-se paraísos regulatórios temporários. Vai deslocar o problema, não resolvê-lo.
O peso administrativo? As exchanges vão queixar-se dos custos de conformidade. As plataformas mais pequenas arriscam-se a fechar.
Privacidade em risco: Recolher e partilhar dados massivos dos utilizadores é um muro para muitos. Quem controla esses dados depois?
O verdadeiro cálculo
Este acordo é a indústria cripto a dizer: “Melhor do que uma proibição total, mais vale ser profissional.” Os governos ganham controlo, as exchanges mantêm-se legais, os investidores ganham legitimidade.
A pergunta fatal: Será que 2027 chega para as plataformas se adaptarem? Ou vai ser o caos administrativo do ano?